Não é só a trave que divide a vida de Diego Costa... / AFP
O diretor-técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira, e o presidente da CBF, José Maria Marin, deram entrevista há pouco, nesta terça-feira (29), sobre a disputa entre Brasil e Espanha para ter o atacante sergipano Diego Costa, do Atlético de Madri, na Copa do Mundo 2014.
Costa, que disputou parcialmente dois amistosos pela Seleção Brasileira em 2013,foi convocado dias atrás por Luiz Felipe Scolari para os próximos jogos, mas enviou carta à Fifa manifestando sua vontade de defender a Espanha. O técnico da seleção espanhola, Vicente Del Bosque, e os cartolas da confederação daquele país o querem para o Mundial de 2014.
Parreira afirmou ter feito, junto com Felipão, todos os esforços para ter Costa, o que incluiu uma convocação antecipada do jogador, também por questões burocráticas, para os amistosos dos dias 16 e 19 de novembro, contra Honduras, em Miami, nos Estados Unidos, e Chile, em Toronto, no Canadá. A lista completa sai na quinta-feira (31).
E acrescentou:
- Mas na medida em que o jogador expressa, inclusive com documentos, sua vontade de defender outra seleção, o nosso trabalho termina neste limite. Penso que devemos desistir do jogador.
Marin discorda:
- O Parreira vai me permitir discordar dele, mas acho que o Brasil deve lutar até o fim pelo que é direito da Seleção Brasileira. E este jogador é da nossa seleção por direito, e vamos lutar até o fim para que ele prevaleça. A CBF não considera o caso encerrado.
Felipão ainda não disse se apoia o ponto de vista de Parreira ou o de Marin. Mas, por suas declarações e a atitude de desconvocar o jogador ao saber da carta, parece dar razão ao diretor-técnico.
Disse Felipão:
- Um atleta brasileiro que se recusa a vestir a camisa da nossa seleção e a defendê-la numa Copa do Mundo realizada em seu próprio país só pode estar automaticamente desconvocado. Ele está dando as costas para um sonho de milhões: representar a seleção pentacampeã em um Mundial no Brasil.
Concordo com Parreira e, ao que tudo indica, com Felipão.
Penso que, se o camarada não quer mesmo, não adianta insistir.
São imensas as chances desse rapaz jogar contrariado e prejudicar o grupo, dentro e fora de campo, caso seja forçado pela Fifa e a CBF a defender a Seleção Brasileira.
Existe até a chance de Diego Costa mudar de ideia e esquecer a suposta irritação daqui a algumas semanas ou meses, antes, portanto, da Copa do Mundo. Mas isso é apenas uma chance, uma possibilidade, e não uma certeza.
Será que vale a pena conviver com o grande risco de que essa revolta continue durante o Mundial? Acho que não.
Sem contar que Costa ainda pode, num gesto radical, desistir também do Brasil e não jogar por ninguém se for obrigado pela Fifa a defender a Seleção Brasileira.
Mas e você, amado amigo, o que pensa sobre a polêmica?
Acha que o Brasil deve abrir mão do jogador, como afirma Parreira, ou lutar na Fifa até o último recurso para tê-lo no elenco, opinião sustentada pelo presidente da CBF, José Maria Marin.
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